segunda-feira, 13 de julho de 2015

Tanta Raça e Quão Pouca Graça

Tanta parra e tão pouca uva.
Grita-se trovoada mas nem um sinal de chuva.
Na hora esperada, não há quem nos mova.
Fiquemos em casa e o Panteão que nos socorra!

terça-feira, 30 de julho de 2013

Ai a Paixão

A Paixão é fascínio, deslumbre, descarga hormonal, descontrolo emocional, é um estado muito prazeroso próximo do êxtase, mas é efémero...e ainda bem.

O nosso coração não iria aguentar tanta emoção, por tanto tempo, nem os nossos amigos tanta lamechice pegada.

Que se dê lugar e que se evolua para um outro estado emocional mais temperado e constante.

Se a Paixão fosse constante, banalizar-se-ia e perderia todo o seu encanto.

Se a Paixão incorporasse um artista, morreria aos 27 anos. Teria uma carreira intensa, meteórica e deixaria vontade de muito mais...

A Inspiração

Arrisco-me a dizer de forma sucinta, que a Inspiração poderá ter origem no/a:

1 - Inquietação (quando não se tem o que se deseja/precisa);
2 - Deslumbre (quando se perde o controle e a razão por causa do que se deseja/precisa);
3 - Tristeza (quando se perde o que deseja/precisa);

4 - Reacção Química inopinada.
Uma gota de Soluto derramada (o Sensível) num copo de Solvente (a Razão) e que resulta numa Solução (ou problema) Química:

Os Sentimentos;
As Ideias;
As Acções;
Etc...

Deus Não Tocou nos Genesis

E ao quinto dia, O Homem criou deus e disse: "qualquer coisa numa linguagem muito rudimentar característica de um homem primitivo."

Não sei o que disse, mas O Homem deve ter gostado da Sua criação, porque o conceito perdura até aos dias de hoje.

Ao sexto dia, O Homem não descansou, nem contemplou a Sua obra. Continuou a criar deuses, divindades e ídolos.

Se ao menos O Homem parasse para contemplar a Sua criação, talvez voltasse a Recriar-se...

Perda da Inocência

Os vários momentos em que me perdi e/ou achei foram os da perda de inocência.

Momentos esses que sentimos e sabemos que já não podemos voltar atrás. Já não podemos usar cabelo comprido porque não se coaduna com o nosso trabalho ou porque se trata de um estilo/comportamento extemporâneo à evolução da nossa geração.

Perda de inocência quando caem por terra os nossos modelos, os nossos ideais, quando perdemos impetuosidade da Esquerda e ganhamos o pragmatismo da Direita.

Quando perdemos os que nos são próximos e ganhamos consciência que chegou a nossa vez de assumir as rédeas.

Quando falhamos e nos custa levantar e sentimos que não somos invencíveis.

Perco-me como sonhador e revolucionário, ganho-me como pessoa segura e temperada.

No final, sou mais um cliché numa estrada nacional mal sinalizada! Sem GPS, ora me perco, ora me acho.

As Massas

1- Comer massas. Bem, são de fácil confecção mas ricas em hidratos de carbono, ou seja, as massas fazem-nos engordar "para chuchu" ("para caralho" para os menos púdicos), quando alarvemente consumidas. Mas sabem tão bem!

2- Futebol, Semanas Académicas e afins. Bem, de fácil consumo, não problematizam, não inquietam e chegam mesmo a retirar-nos o esforço de ter que pensar. Apenas sentir fruir este Uno Primordial de pessoas como nós, estudantes como nós, fãs de futebol como nós. 

Somos muitos a sentir este mesmo sentimento de concretização, de tão baixo esforço e de tão baixos resultados pessoais e colectivos. Por momentos fomos quase-divindades, pagámos por um ingresso num estádio ou pela Sport tv no sofá, mas sentimos este arrebatamento colectivo, tão perto dos nossos deuses ou da nossa cerveja. 

No dia seguinte, ainda discutimos com os nossos "rivais" acerca dos lances, acerca dos comentários nos jornais desportivos ou acerca dos debates televisivos. Vivemos e sofremos esta merda, porra! Mas sabe tão bem!

No entanto, fizemos tanto esforço, dedicámos tantos anos à causa e à sua defesa, para que um dia olhemos para nós próprios e constatemos que estivemos a cultivar massa gorda à volta da nossa pança e do nosso cérebro. Ironia engordar pelo desporto...

3- Por falar em ironia, o que fariam os estudantes universitários, os cérebros deste país, a crème de la crème da rebeldia e da reivindicação, se as associações de estudantes A.K.A. os Jotas-Ésses ou Jotas-Ésse-Dês desta vida, investissem o tempo e o dinheiro das 2/3 semanas deste alto movimento académico-cultural, em coisas sérias e chatas que rimassem com empregabilidade? Ui, sairiam de certo à rua indignadíssimos. 

"Andam os meus pais a pagar um curso sem saída profissional, renda de casa, luz, água, gás, internet, bubida, comida, passe semanal para a S.A. e preservativos (quando o $ chega) e a malta não se diverte? Bardamerda pá!"

(Nota: Não falo do grosso das bandas e da música ambiente e que adornam estes convívios estudantis porque simplesmente já me aborrecem o tema...)

4- "Bem, já não nos chega os problemas das contas de casa, os problemas do trabalho e dos miúdos? Vamos falar de quê homem? Que se foda a política, a sociedade e a dívida externa. Eu (não) fui votar para que essa corja resolva os problemas do país por mim...

Eu quero é viver, sentir-me bem, não ter que pensar nos problemas que nem são meus, pelo menos para já. A culpa é dos mais velhos que não se mexeram e desses corruptos que para aí andam e coiso, né?"


5- "Vivam os templos do Euro 2004, das Semanas Académicas e o trono da nossa sala."

6- "O colectivo denota falta de raciocínio." E as massas aumentam a gordura corporal, da alma e de um país.

Altruísmo

Por muito que nos custe a aceitar, acções altruístas são sempre contaminadas por uma satisfação pessoal, ou seja, contaminadas pelo egoísmo.

Agimos por impulsos, estímulos, motivações, interesses... Não existe qualquer software que nos consiga desprogramar o egoísmo que nos é intrínseco.

Até um bom coração tira sempre algum proveito, concretização pessoal, ou alcance moral quando ajuda o próximo. No final, sentimo-nos bem porque cumprimos o nosso dever enquando cidadãos, homens, seres racionais.

Diria que o Altruísmo é um arquétipo e o egoísmo um reflexo da auto-preservação animal.

Zeitgeist - Ou o Caralho Que Nos Foda a Todos

E ao final do dia, olhando em retrospectiva, constatamos que mais não somos senão uns pobres e reles POSERzitos "wannabe a rock n'roll pimpstar" pindéricos, amorfos e ocos.

Não temos onde cair mortos, não obstante, somos a geração mais qualificada de sempre. Mas com uma péssima formação. Uma fraca espinha dorsal (de)formada em bonitos rendilhados inúteis e desprovida de valores de base.

Temos idade para sermos homenzinhos à séria mas andamos a reviver brincadeirinhas kitsch que nunca vivemos. Entretidos e quentinhos à volta de uma cultura de estetas arrogantemente especializados (em verborreia altamente técnica, fútil e fedorenta) e de ícones mortos, recauchutados, desinfectados e perfumados com uma agradável fragrância a MERDA...

Tantos gigabites de esterco instalado na cabeça que não nos serve para nada e nos faz andar de peito feito...sou o maior da minha rua...

Foda-se e a vidinha nua e crua? Tanto saber traduzido em farsolice. Tamanho sentido de entreajuda reproduzido num botão.
O sentimento de humanidade habilmente informatizado e estilizado por um click num photoshop versão pirata.

Fomos colocados neste mundo para quê? Para sermos manequins de montra de loja ou para sermos homens e mulheres com sentimentos e vivências reais?

Que se fodam as classes profissionais/académicas, o status, os trends, os egos, porque ao final do dia e em retrospectiva, adormecemos orgulhosamente sós, rodeados por artefactos, conceitos e rótulos que não nos aquecem a "alma".

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Enquanto Houver Sustentação

Somos pequenos balões aos quais se insufla vida. Crescemos, expandimos...vislumbramos o céu como caminho a seguir e a luz do sol como conhecimento a receber .

Mas gravidade define o "envelhecer" e o nosso fim.

Por mais alto ou distante que o nosso percurso tenha sido, cairemos por terra enrugados, no mesmo pó que nos viu partir.

Salvamo-nos na memória de uma criança que sorriu e apontou para o céu quando nos viu voar.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A Dor de Ser "Actor"

"...A Depressão não é tristeza, é uma doença que carece de tratamento...é um transtorno psiquiátrico. Pode afectar um indivíduo durante o dia todo, quase todos os dias, durante um período de pelo menos dois anos..."

Acrescento ainda que, haverá pessoas mais propensas a sofrê-la por diferentes razões (sociais, traumáticas...)

No entanto, julgo ainda que, podemos utilizar o verbo "deprimir" em elocuções que exprimam profunda tristeza:

"Estou a ficar deprimido com este cenário arrasador."
(Não sofro de uma doença crónica, mas posso atingir um pico muito acentuado de tristeza).

Nesta ordem de ideias, para além da perda de um ente querido, o que mais me "deprime" é a Solidão quando estamos socialmente rodeados por demasiadas pessoas. Socialmente condicionados a aturar a má companhia dos outros.

O excesso de "companhia" contamina-nos e afecta-nos com experiências/ideias indesejáveis. Consome-nos, desgasta-nos, isola-nos e entristece-nos.

Exige-se ao Eu que deixe de ser Eu. 

O Eu é obrigado a fingir ser Eu + "tudo o resto que se espera que o Eu seja".

(Primus) Inter Pares



Quantos de nós não foram ou ainda são, jovens Ícaros cheios de ganas e inconsciência, correndo riscos e adversidades? E ambicionaram ser campeões "inter pares" ou mesmo deuses invejados?

Quantos de nós nunca o foram e nunca se importaram com isso, porque na verdade, há coisas bem mais importantes e prazerosas na vida...

Quantos de nós já o foram e preferiram voltar a ser o homem ou a mulher comum?


Ser o melhor é a posição mais solitária no pódio, não admite mais inquilinos, nem visitas conjugais. O melhor é-o sozinho e para o ser terá que abdicar de muito, pois mais ninguém o consegue acompanhar.

Eu gostaria de ser mais feliz, mais Homem, mais sábio. Diferente dos demais, mas acompanhado por quem gosto. Gostaria de me rodear por homens e mulheres comuns, campeões na diferença, no conhecimento e no carácter.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Portucrastinar

Há já algum tempo
que jogo o meu tempo fora

e nem coragem tenho
para me ir daqui embora.

Criei laços
com este meu lamento.

Lamentando o tempo perdido,
distraio-me a matar o tempo.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ão Ão Ão!

Inquietação, Revolução,
Protesto, Manifestação...
No meio de tanto ditongo,
só falta mesmo apresentar uma Solução...

Os cães ladram (com muita razão e eloquência),
mas a caravana passa.

No Meu Tempo


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Encontro-me no Éter

Acordo cansado
porque adormeço consumido.
Sorte daquele que ao acordar,
depois de um sono sem sonhar,
renasce sem memória de ter morrido.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Todos nós temos um preço

Não querendo evidenciar o óbvio:

"Todos nós temos um preço."

Já fizemos trocas comerciais em géneros, já recebemos o SALARIUM, já pagámos recompensas em dinheiro (metais preciosos e papel), movimentamos hoje créditos virtuais com cartões, antes em escudos agora em Euros.

Vendemos o nosso tempo, criatividade, técnica, esforço, corpo e alma...

O sexo tem um preço, assim como a arte e o conhecimento.

Muitas vezes, valorizamos cada um destes items acima do que recebemos. Achamos que valemos bem mais.

Quanto valemos nós? Quanto vale a Vida de um ser? As agências de Rating com toda a certeza saberão Qual É O Nosso Preço.

O dinheiro não é um mal, é um meio (e muito prático por sinal). Os fins é que poderão ser os errados.

Como tal, em vez do dinheiro, acabemos com as más pessoas, convertendo-nas em pessoas melhores. Como? Unamos as cabeças pensantes por todo o mundo para nos melhorarmos a nós próprios.

De facto, acho que são muito poucos, os que querem e ainda menos os que iriam sobreviver, a um desfecho á la Fight Club.

Beca Beca Beca Beca...

À parte do meu Mau Feitio, tenho que vos exteriorizar algo que verdadeiramente me tira do sério. Pessoas que monopolizam conversas vezes sem conta, sem nada de válido ou INTERESSANTE a acrescentar. É uma grande cruzada pelo Protagonismo.
Esta especial casta de pessoas, não tendo consciência disto, ABORRECEM.
Calculo, que de facto, sejam acções concretizadas por reflexo, de modo a encobrir uma descompensação ou um recalcamento sério. Tanto psicólogo desempregado neste país, podendo ajudar estes mini-ditadores em potência...

Após estas breves linhas de expurgação e de Mau Feitio, desejo-vos um resto de bom dia.



Há uma Voz de Sempre que Chama Por Nós

Não creio que precisemos de heróis para levantar o esplendor e sairmos da cepa torta. Apenas de pessoas normais, diligentes, inovadoras e com visão.

Sair à rua e gritar o Rei Vai Nú, identificando os problemas, evidenciando as soluções.

Nós, perante tamanhas adversidades agigantamo-nos. Mas apenas se formos um real, unido e funcional colectivo. Vide o exemplo da Islândia.

Vivemos em democracia, não acredito que seja necessário um herói para nos "salvar" de um facínora, quando ainda temos Liberdade e Inteligência para deixarmos de ser os coitadinhos.

Acredito em líderes, em pessoas que motivam, que nos unem e que nos iluminam.

Não acredito em niilistas, derrotistas e individualistas. Peço desculpa, mas também não acredito que façam falta agora.

Se o colectivo tem vindo a denotar falta de raciocínio, façamos-lhe um desmame de reality shows. Convertamo-lo num herói colectivo de pequenas acções individuais mas com grande alcance colectivo.

sábado, 28 de janeiro de 2012

"Porque me abandonaste, Senhor?"

Variadas são as vezes em que somos trespassados pela dúvida e pela inquietação. Fazem-nos vacilar, hesitar e mudar os planos previamente traçados ou caminhos confortavelmente percorridos.

É por vezes, doloroso abandonar a nossa zona de conforto para encetar viagem num desconhecido mundo novo. Fazêmo-lo por querer mais, melhor, pelo que achamos que é mais certo ou até mesmo por uma lufada fresca de novidade e diferença.

Sorte daqueles que podem fazer um livre uso da Escolha. Pobres dos Édipos e das Antígonas deste Mundo que não o fazem.

Édipos estes, que nascem com um trágico destino traçado e que, de alguma forma, não podem fugir ao mesmo. Limitam-se a viver e lamentar os desígnios dos Deuses, sendo que, as opções de mudança são poucas, ou mesmo nulas.

Abençoadas Antígonas, que abandonam o seu caminho em detrimento de um bem superior. Admiro a força de vontade destas pessoas que optam por "deixar de viver a sua própria vida" para que outras tenham o mínimo de dignidade.

Ainda assim, acredito que muitas Antígonas duvidarão do seu caminho, como sendo o mais acertado e sonharão com um mais "digno".

Sobra-lhes o sonho, por opção.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Curriculum Vitae

Peço desculpa,

mas sou uma criatura incivilizada.

Digo mais,
sou mesmo uma besta!
Nunca tive modos à mesa.
E se querem mesmo saber,
duvido que alguma vez isso aconteça.

Sou rude
e tenho mau perder.
Tenho mau feitio
e não o sei reconhecer.

Sou orgulhoso,
sou egoísta,
ligeiramente pretensioso
e altamente vigarista.

Sou infiel,
um traidor.
E o papel de vilão,
é o que me acenta melhor.

Sou um bruto
e tiro daí muito prazer.
Nunca senti a necessidade
de agradar a uma mulher.

Sou um inútil,
uma espécie de parasita.
Mas esforço-me por convencer,
que sou um homem sério,
um poeta e um artista.

Não é Defeito, é o Mau Feitio


O que conseguimos retirar do real não é mais do que uma pequena representação. Não somos muito mais do que várias personagens que se adequam a diferentes contextos.

Não condeno as personagens planas, têm todo o direito ao seu papel e têm deveres perante o mesmo, tal como todas as outras. É neste plano que encontramos as boas pessoas e as simples pessoas de trabalho, metódicas, centradas e reservadas no seu pequeno círculo pessoal/familiar/profissional.

Estas personagens não têm intenções de agitar ou perturbar as águas deste grande lago da representação. Fazem o seu papel bem feito e da mesma forma que são pouco modeladas ao longo da diegese, também pouco interferem com a modelação das outras. Respeito-as porque são pessoas de bem e de princípios firmes, mas pouco mais...

Permitam-me este pequeno desabafo: Que aborrecida seria a vida, se a mesma fosse, apenas e só, constituída por boas pessoas ou por feitios harmoniosos e afáveis.

As personagens redondas desta peça evoluem, modelam-se, inquietam e são inquietadasInterferem e fazem valer a sua opinião. São cores mais ou menos fortes.

Nesta categoria, encontramos os intransigentes, os tiranos, os má rês, os monopolizadores, os que aborrecem porque são chatos, os malandros (A.K.A. espertalhões), os sedutores, os artistas (haveria tanto para dizer sobre estes ), os heróis, os pro-activos, os hiperactivos, os que têm feitiozinho de merda, os que têm mau feitio, etc...

Mariquices à parte, há que saber distinguir o mau feitio, do feitiozinho de merda...

Diria que o feitiozinho de merda é todo aquele que não tem qualquer intenção de facilitar as relações sociais. É intransigente, roça o autoritário e tem comportamentos egocêntricos.
Duvido que este tenha remorsos ou que se preocupe com o Outro. Não deverá haver uma razão justificada para este feitio.

É também importante salientar, que um mau feitio crónico, na minha opinião, não é mais que um feitiozinho de merda em potência ou até mesmo consolidado.

mau feitio é teimoso e persistente. Aborrece-se com facilidade da rotinaignorânciapreguiça e intransigência (o mau feitio faz faísca com o feitiozinho de merda)

mau feitio só o é, quando a isso o condicionam. O feitiozinho de merda assim nasce e assim vai agudizando a sua condição até à morte.

O mau feitio é-o, porque vale a pena sê-lo e vale a pena lutar contra o establishment de ideais bacocos. Além de o inquietar, há também outras razões para o ser.

mau feitio pode ser pro-activo e tentar interferir no que acha que é válido, ainda que não reúna quorum.

Em consciência, o mau feitio admite o erro ou falha, o feitiozinho de merda, por norma não. Chega a contestar o incontestável, ligando o complicómetro.

Ter mau feitio é ter-se consciência de que se é uma cor forte, tal como a própria personalidade. E que vale a pena sê-lo por um bem maior.

mau feitio poderá não estar feliz, mas ambiciona a felicidade como tantos outros. É um estado recorrente mas serve de passagem para um estado melhor.

Chegar mais longe e exigir o melhor de si e dos outros (não obrigar). Existe essa dívida para com quem se gosta.
Ser mais durofirme e assertivo porque o contexto o exige.

Parafraseando uma amiga minha: Se não concordam comigo, provem-me que estou errada e eu assim o aceito.

NOTA: Estas não são definições e/ou conceitos convencionados pelas mais altas esferas intelectuais. É a minha opinião acerca do ideal de mau feitio e outros conceitos.